terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Passo 4: Bibliografia e apresentação da Atps


ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa

Disciplina: Matemática















Bibliografia
.Baudamatematica2012.blogspot.com
.matematicaeaqui.blogspot.com
.ejnsnatematica.blogspot.com
.bloggandocomamatematica.blogspot.com
.garotasmaravilhosadapedagogia.blogspot.com
.pedensimal.blogspot.com
.fazendo-arte1234.comunidade.net
.matematicakids5ma.blogspot.com
.planeta-matematica.blogspot.com
.matematicaatravesdosnúmeros.blogspot.com
.matematiccando.blogspot.com
.ensinando.matematica.blogspot.com

.http://revistaescola.abril.com.br
                                                                                                                     REFERÊNCIA:

Psicologia  (PLT) Anhanguera
                                                                                                                        Ana Mercês Bahia Bock


Psicologia  (PLT) Anhanguera
                                                                                                                        Ana Mercês Bahia Bock
                                                                                                            Odair Furtado
Maria de Lordes Trassi Teixeira

Introdução à Psicologia
Da Educação (PLT) Anhanguera

                                                                                                                                                                                                                                                                                               Odair Furtado
Maria de Lordes Trassi Teixeira

Introdução à Psicologia
Da Educação (PLT) Anhanguera

                                                                                                                                                                                         Kester Carrara 

Etapa 4: A Importância do cálculo Mental para a construção do conceito de Número


ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa
Disciplina: Matemática



PASSO 3




A importância do cálculo mental para a construção do conceito de número


Primeiramente, considera-se cálculo mental um conjunto de procedimentos de cálculo que podem ser analisados e articulados diferentemente por cada indivíduo para a obtenção mais adequada de resultados exatos ou aproximados, com ou sem o uso de lápis e papel. Os procedimentos de cálculo mental se apoiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações, e colocam em ação diferentes tipos de escrita numérica, assim como diferentes relações entre os números. O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas. Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo, que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do desenvolvimento da autonomia do aluno.
Há quem acredite que o importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras. Ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as propriedades associativa (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5 +5, entre outras possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Crianças que fazem pesquisa de preços, guardam dinheiro para comprar uma revista, e principalmente, aquelas que ajudam os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como calcular desconsiderando totalmente o que já sabem. O cálculo mental sempre esteve presente no comércio ou na construção civil, por exemplo. Os professores precisam trazer essa habilidade para a sala de aula.
Os alunos já sabem fazer conta de cabeça. O professor só precisa descobrir as estratégias que eles usam e mostrar outras, a turma vai se sair bem melhor nos cálculos escritos.
A base são as situações-problema. Em questões como a distribuição de 24 brinquedos de uma caixa entre quatro crianças, por exemplo, primeiro é preciso verificar se os alunos compreenderam os valores em jogo e o que essa operação implicará (o número maior ficará menor). Como eles imaginam que o problema será solucionado? Conversar sobre a atividade é bem diferente de dar pistas sobre o cálculo a ser usado. Se o objetivo é que a turma utilize procedimentos próprios, não informar nem dar dicas é uma condição didática necessária.
 Compreendida a proposta, cada um procura as próprias estratégias para chegar ao resultado. Depois, é hora de compartilhar os valores encontrados e discutir as táticas usadas. O professor registra no quadro-negro as operações parciais desenvolvidas pelos estudantes, registrando-as em linguagem matemática, conforme as informações fornecidas por eles mesmos.

                                                       

Etapa 4:Técnicas adotadas por Piaget e Alfred Binet e as suas propostas




ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa
Disciplina: Matemática


PASSO 2








Proposta de ensinar a Matemática


A pesquisa de campo e a produção de conhecimento sobre a inteligência da criança brasileira têm sido desenvolvidas com maior intensidade nas duas ultimas décadas ,pelos diferentes cientistas e profissionais. O déficit cognitivo (quando se afasta a hipótese de comprometimento orgânico )deve ser atribuído simultaneamente á interrupção sobre si mesmas e sobre o mundo?
Para Piaget ,a cognição é a própria inteligência ,e depende da troca do organismo com o meio. Se uma criança tem qualquer “defeito” na cognição ,pode-se dizer que houve algum problema nessa troca ,e é preciso compensar a deficiência havida na troca. Isso acontece quando a criança não representa adequadamente o que já viveu ,quando se expressa mal ,ou não sabe falar.
As pesquisas de Piaget sobre o conhecimento lógico – matemático revelaram que  a sua formação consiste numa verdadeira criação e construção por parte do indivíduo.                Noutras palavras ,a criança ,na troca  permanente  com o meio ,insere os objetos em sistemas de relações cada vez mais complexos e reversíveis. As noções de serie ,de classe e número são as  maiores testemunhas desse processo construtivo. Isso não quer dizer que os objetos deixem de ser necessários e  importantes , como poderia argumentar uma concepção apriorista ; pelo contrario ,são eles que possibilitam a formação das estruturas ou dos esquemas sensório – motores e conceituais (ordem ,classificação  ,espaço ,numero etc .) A participação dos objetos exteriores e da experiência é tão importante que ,no começo da construção dessas estruturas ,o sujeito  não estabelece separação alguma entre a própria forma que ele constrói e o conteúdo físico dos objetos ;somente no caso do conhecimento lógico – matemático a atenção está voltada os próprios relacionamentos e coordenações feitas pelo  sujeito e não para as propriedades e resistências particulares dos objetos a serem transformados .
Em 1904 ,na França Alfred Binet (1857 – 1911) criou os  primeiros testes de inteligência , que tinham como objetivo verificar os progressos de crianças deficientes do ponto de vista intelectual.
Programas especiais eram eram realizados para o progresso dessas crianças ,e os testes tornaram – se necessários para que pudesse avaliar a eficiência desses   programas  ,isto é o progresso obtido.
Binet partiu daquilo que as crianças poderiam realizar que as crianças poderiam realizar em cada idade. Ao se examinar uma criança  ,tornava – se possível avaliar se seu desenvolvimento intelectual acompanhava ou não o das crianças de sua idade. Os resultados de quase todos os testes de inteligência são apresentados pelo que se denominou Quociente Intelectual (Q.I.).
Este quociente é obtido relacionando a idade da criança com o seu desempenho no teste ,ou seja ,verifica – se se ela está no nível de desenvolvimento intelectual considerado normal para sua idade.



                                                                                                                        Referência :
Psicologia  (PLT) Anhanguera
                                                                                                                        Ana Mercês Bahia Bock
                                                                                                            Odair Furtado
Maria de Lordes Trassi Teixeira

Introdução à Psicologia
Da Educação (PLT) Anhanguera


Kester Carrara 

Etapa 3 : Texto, esclarecendo a proposta com seu objetivo inicial

                             

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa

Disciplina: Matemática

PASSO 4



      Uma Maneira Lúdica de ensinar a Matemática






                                       A matemática assusta as crianças ,e nós enquanto professores devemos trabalhar para conseguir com que essa criança vá para a escola sem o medo da matemática ,usando um método diferente saindo do tradicional , para o lúdico de uma maneira prazerosa e divertida de ensinar essa criança.
“depois de uma atividade “pesada”, temos que retornar com algo “leve” para acalmar as crianças, uma musica ,vídeo, uma leitura ,chamamos de volta calma”.
Na serie operatória da criança ela ordena a partir de critérios lógicos ,é capaz de selecionar e antecipar o lugar de cada elemento não precisa mais fazer tentativas ,nesta fase a criança lida facilmente com a ideia de que um objetivo  possa ser ao mesmo tempo maior que um e menor que o  outro ,um processo transitativo , por isso a importância deste blog ,ele foi criado com a ideia de tirar dúvidas de educadores e educandos  no seu processo ensino aprendizagem ,e ao mesmo tempo que ensina a criança ela também ajuda a criança  a compreender enquanto desenvolve sua cognição operacionais e sensoriais.
A educação precisa de mais tempo ,as crianças precisam de tempo para que suas descobertas e aprendizagens sejam agradáveis ,significativas e divertidas. Os professores precisam de tempo para  estimular e promover as naturais potencialidades ,habilidades e competências das crianças . A educação precisa de sensibilidade para valorizar e respeitar a individualidade e a singularidade de  cada criança , porque na vida não podemos somente somar ,temos que aprender a dividir “.

Referência: Luzia Faraco Ramos                                   

Etapa 3:Maneiras de registrar os cálculos operatórios na concepção de Kamil e Piaget





ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
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Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
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Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa

Disciplina: Matemática





Podemos usufruir de jogos para desenvolver o raciocínio lógico-matemático do individuo.
Segundo Kamii, é preciso estimular a criança, para que ela se expresse de que forma deseja jogar.
O calculo mental é um exercício para o cérebro, quanto mais nós o usamos, mais o exercitamos é um processo de desenvolvimento.

Por exemplo, em uma partida de dominó é preciso pensar 
Dominó dos números  rápido na contagem das pedras.
É importante que as crianças consigam associar a quantidade de objetos ao número que representa esta quantidade (símbolo).
Para esta atividade, você precisará confeccionar o molde do dominó que segue abaixo:
Você pode pedir para as crianças colorirem as peças!
Primeiramente, mostre para os alunos algumas associações, como por exemplo, a peça com o número dois associada a peça com dois objetos. Diga para os alunos se dividirem em grupos de quatro crianças.
Os alunos deverão virar as peças do dominó para baixo e as embaralhar. O primeiro jogador deverá virar uma peça e colocá-la sobre a mesa. Em seguida, o mesmo jogador deverá tentar encontrar uma peça, entre as outras peças viradas para baixo, a qual ele possa associar (se a primeira peça tem uma figura com cinco elementos e o número um, o aluno só poderá associar esta peça a uma peça que contenha uma figura com um elemento ou a uma peça que contenha um número cinco). Se conseguir encontrar a peça correspondente, o jogador deverá colocar a segunda peça ao lado da primeira, respeitando associação. Se não conseguir, o jogador deverá devolver a peça ao monte de peças viradas. Acertando ou não, o jogador deverá passar a vez para o colega tentar a associação.
OBS: as crianças só poderão fazer associações entre figura e número como no exemplo abaixo:



 

Para Kamii, o professor deve ensinar o aluno a pensar e a ter autonomia em sua construção na estrutura mental dos números e em todas as situações problemas, para a criança não há diferença entre o jogo e trabalho, por isso trabalha-se de forma a unir as duas junções, para que as crianças trabalhem em grupo, e construam sua forma de raciocínio nas operações.

Para Piaget, o jogo faz parte da assimilação, que gera um sentimento de prazer à criança nos jogos e brincadeiras, proporcionando domínio ou prazer sobre as ações exercidas através do lúdico, a criança aprende brincando.

Etapa 4 : O ensino da Matemática na educação de adultos

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa
Disciplina: Matemática



PASSO 1

O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Newton Duarte

Editora Cortez – 9ª edição

Prefácio

            O ensino de matemática para alfabetizandos adultos tem sido uma área quase que totalmente abandonada. Aqueles que trabalham com educação de adultos têm, em geral, um receio em relação à matemática e, em sua maioria, consideram o ensino para adultos um problema secundário, ou, pelo menos, como sendo um problema não pertencente à sua área de atuação. As tentativas de superar esse abandono quase sempre têm se reduzido a adaptações precárias de metodologias criadas para o ensino infantil.
            No início de 1983, apesar de estar iniciando o curso de Pedagogia, aceitei o desafio de dar alguns passos na exploração dessa área. Desenvolvi com base as análises que vinha fazendo, uma experiência com funcionários na UFSCar, alfabetizandos do Segundo Projeto de Alfabetização de Funcionários (agosto/84 a junho/85), realizado pelo Programa de Educação de Adultos.
            Apresento aqui uma primeira versão (parcial e provisória) de uma proposta metodológica de ensino resultante dessa experiência. Meus planos iniciais eram os de chegar a um estágio de maior elaboração dessa proposta, para então divulgá-la. Ocorreu, porém, que com os debates, tanto com os integrantes da equipe do Programa de Educação de Adultos como com educadores de diversas partes do país (através de apresentações em congressos da área educacional) verifiquei que o trabalho de elaboração/reelaboração da proposta poderia ser bastante enriquecido se um número maior de educadores pudesse apresentar suas críticas e sugestões. Para ampliar o número de “debatedores”, comecei divulgando o trabalho através de publicações em revistas especializadas. Sobre a primeira unidade da proposta metodológica foram publicados textos nas revistas: Educação & Sociedade, ANDE e Cadernos de Educação Popular. Um texto sobre a segunda unidade e outro sobre a terceira estão sendo analisados pelos comitês editoriais de outras revistas.
Muitos educadores começaram então a solicitar que eu publi­casse a proposta integralmente, para facilitar o acesso à mesma. Alguns argumentaram que, por mais provisória que fosse a pro­posta, sendo o campo tão inexplorado, os educadores que traba­lham com educação de adultos poderiam começar a utilizá-la em caráter experimental, o que já seria um avanço em relação ao atual estágio em que se encontra o ensino de matemática para alfabetizandos adultos.
Um outro fator, que extrapola o campo da educação de adul­tos, também contribuiu para que eu me decidisse pela publicação deste livro. Trata-se do debate que vem sendo travado sobre a dimensão política da educação. Neste livro procurei iniciar uma reflexão sobre a dimensão política do ensino de matemática para alfabetizandos adultos. O ensino de matemática contribui para as transformações sociais? Como essa contribuição se efetiva (ou não)?
A resposta a que tenho chegado é a de que o ensino de matemática, assim como todo o ensino, contribui (ou não) para as transformações sociais não apenas através da socialização (em si mesma) do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão política contida na própria relação entre o conteúdo matemático e a forma de sua transmissão-assimilação.
Aliás, essa conclusão não é fruto apenas de meu trabalho, mas de todas as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no Pro­grama de Educação de Adultos, na UFSCar. E essa conclusão, ao invés de encerrar o assunto, levanta a necessidade de pesquisas cada vez mais aprofundadas sobre essa dimensão política intrín­seca à relação entre o conteúdo do saber e a forma de sua trans­missão-assimilação.
Convém esclarecer desde o início que não se trata de "enxer­tar" algo de político ao ensino de matemática. Alguns educadores, no intuito de contribuir para as transformações sociais, têm pro­curado dar um caráter mais politizante ao ensino de matemática. Tais tentativas têm centrado o ensino em torno de temas relacio­nados ao custo de vida, à inflação, a cálculos de reajustes sala­riais, formação de cooperativas, etc. O objetivo aí é o de que a matemática não seja vista separada dos problemas sociais. Essa vinculação entre a matemática e as necessidades sociais é real­mente importante e tem sido destacada por vários autores. No entanto, não se pode perder de vista que o objetivo central da atividade daquele que se propõe a ensinar matemática é o ensino desta. Tal alerta parece desnecessário, mas muitas vezes o ensino do conhecimento matemático propriamente dito acaba relegado a um segundo plano, sendo consideradas prioritárias as discussões e as atividades em torno daqueles temas sócio-econômicos. Isso faz com que o ensino propriamente dito seja desenvolvido assistematicamente, não contribuindo para a socialização do conteúdo matemático. Assim, as camadas populares continuam sem o do­mínio dessa ferramenta cultural.
No entanto, como já disse, possibilitar a assimilação dessa ferramenta cultural não é suficiente.
Existe ainda aquela dimensão política intrínseca, que pode, inclusive, estar contribuindo para um sentido oposto àquele pro­clamado pelo educador.
A questão é a seguinte: mesmo que nós trabalhemos com afinco no ensino de matemática, procurando contribuir para que as camadas populares assimilem essa ferramenta cultural tão ne­cessária à sua luta cotidiana, nosso trabalho pode estar sendo guiado subliminarmente por objetivos opostos a essa contribuição. É o que ocorre quando, sem perceber, transmitimos, através do fazer pedagógico, uma visão estática do conteúdo matemático, como se ele fosse pronto e acabado, como se ele tivesse sido sempre assim, como se seus princípios e regras fossem absolutos no tempo e no espaço. E procedemos assim com muito mais freqüência do que pode parecer à primeira vista. Um exemplo disso ocorre quando, ao ensinar a técnica operatória da adição, o faze­mos nos atendo somente aos passos da resolução do algoritmo, mas esquecendo de refletir sobre questões importantes como: por que se opera a adição da maneira como todos nós aprendemos? A resposta a isso está nos princípios contidos em nosso sistema de numeração. Mas, de onde surgiram esses princípios? Eles nada mais são do que uma transposição, para a escrita, daqueles prin­cípios já contidos no ábaco, que por sua vez tiveram origem na utilização dos dedos das mãos para o registro de contagens. Se simplesmente ensinamos à técnica operatória da adição, sem nos preocuparmos com as questões apresentadas acima, o que faze­mos é apresentar esse tema como se ele sempre tivesse sido assim, existindo por si mesmo.
Os educandos poderão até aprender a operar adições com facilidade. No entanto, embora tenham aprendido a manipular essa ferramenta cultural, não terão captado o processo de evolução da mesma. Isso é incoerente com a proposta de contribuir para a transformação social, pois, se vemos a matemática estatica­mente, estaremos contribuindo para que esse modo de ver as coi­sas seja adotado com relação ao restante da prática social do indivíduo.
Se pretendemos contribuir para que os educandos sejam su­jeitos das transformações sociais e do uso da matemática nelas, é necessário que contribuamos para que eles desenvolvam um modo de pensar e agir que possibilite captar a realidade enquanto um processo, conhecer as suas leis internas do desenvolvimento, para poder captar as possibilidades de transformação do real.
Não se trata do professor querer ou não que essa dimensão política exista. Trata-se dele dirigir intencionalmente essa dimen­são em função dos objetivos que proclama. Essa dimensão polí­tica sempre existe, pois, falando-se ou não de assuntos tidos como políticos, o ensino de matemática desenvolve uma postura nos agentes nele envolvidos e esta tem reflexos no restante da prática social desses agentes.
Desde o inicio da experiência eu já estava alertado para o fato de que nenhum trabalho de ensino é miraculoso; as transfor­mações são lentas e nem sempre facilmente visíveis. De maneira nenhuma eu esperava que, pelo simples fato de estar desenvol­vendo essa proposta de ensino com aqueles alfabetizandos, eles fossem mudar radicalmente seu modo de ser. Já estava "vacina­do" contra esse messianismo que muitas vezes toma conta daque­les que trabalham em educação de adultos. Talvez justamente por não me iludir com esse tipo de fantasia, é que pude observar pequenas, mas significativas mudanças. Por exemplo, quando o educando, ao calcular no ábaco, compreende que o "vai-um" e o "empresta-um" formam um mesmo movimento, com sentidos opos­tos, e então passa a realizar com mais facilidade a subtração. Ora, isso é um momento em que o educando está exercitando um modo de pensar que trabalha com relações, ao invés de ver as coisas de forma estanque e segmentada.
Com a continuação de minha pesquisa, pretendo analisar com mais detalhes e em maior profundidade esse tipo de implicação social do ensino de matemática, buscando compreender a relação entre cada pequeno procedimento pedagógico e o processo por meio  do qual o ser humano torna a matemática um dos instrumen­tos de transformação da sociedade.
Cabe agora aos leitores analisarem em que medida essa pro­posta metodológica caminha no rumo pretendido.


            Newton Duarte
Universidade Federal de São Carlos
Programa de Educação de Adultos
São Carlos - SP           

Etapa 4: A escrita dos cálculos e as técnicas Operatórias


ATIVIDADES PRÁTICAS              SUPERVISIONADAS 

                                             
 Alice de Assiz Silva – RA: 1107320547
Ana Carla G.de Oliveira – RA: 2547457593
Clarice Batista Braga – RA: 1018839280
Dilene  Rosinei  N. dos Santos – RA: 2547451231
Jucileide  Araujo   de almeida – RA:3218527438


Professora :Erika costa
Disciplina: Matemática

PASSO 1


Segundo Cecília PARRA em Didática da matemática, as crianças constroem, desde cedo, critérios para comparar números, levando-as a levantarem duas hipóteses: que as crianças elaboram critérios próprios para produzir representações numéricas e que a construção da notação convencional não segue a ordem da sequencia (numérica), ainda que esta desempenhe um papel importante dessa construção.




Para tal averiguação, criaram uma situação experimental que centrada na comparação de números, através de um baralho de vinte cartas numeradas entre 5 e 31, com um único desenho em cada carta, que propiciasse somente a comparação através da escritas numérica; e outra centrada na produção deles, pedindo que pensassem em um número bem alto e escrevessem-no.
A partir das afirmações das crianças, observou-se que para elas quanto maior a quantidade de algarismos de um número, maior é o número. Lerner e Sadovski apontam que “o critério de comparação que as crianças construíram funcionam ainda quando elas não conhecem a denominação oral do numero que estão comparando.” Trata-se, então, de um critério elaborado fundamentalmente a partir da interação com a numeração escrita e de maneira relativamente independente da manipulação da sequencia dos nomes dos números. Trata-se também de uma ferramenta poderosa no âmbito da notação numérica, já que permitirá comparar qualquer par de números cujas quantidades de algarismos sejam diferentes.


As crianças chegam a duas conclusões potencialmente contraditórias:

Por um lado, elas supõem que a numeração escrita se vincula estritamente a numeração falada;
Por outro lado sabem que nosso sistema de numeração a quantidade de algarismo relacionada à magnitude do número representado.
Tomar consciência deste conflito e elaborar ferramentas para superá-lo parecem ser passos necessários para progredir até a notação convencional.
Segundo Delia Lerner e Patricia Sadovisk, a modalidade que o ensino da notação numérica em geral assume, pode caracterizar-se assim:
“Estabelecem-se metas definidas por série, na primeira trabalha-se com números menores que cem, na segunda com números menores que mil, e assim sucessivamente. Só a partir da quinta série manipula-se a numeração sem restrição. A explicação do valor posicional de cada algarismo em termos de unidade, dezenas, centenas, etc., considera requisito prévio para a resolução de operações nesse intervalo.”

Para a criança a noção de número é necessária o mais cedo possível, operar, ordenar, produzir e interpretar devem constituir o eixo ao redor do qual organizam-se situações didáticas que propomos.
Trabalhar com números a partir de um contexto proporciona a criança uma situação de aprendizado, fazendo parte da realidade, inserida no meio social em que vive trazendo operações matemáticas que fazem parte do seu cotidiano, uma simples solicitação de produzir ou  interpretar um número funciona como uma faísca na qual estabelecem discussões produtivas, por exemplo representando idades, preços, etc.



Segundo Parra, ”podemos entender calculo mental o conjunto de procedimentos em que uma vez analisados os dados a serem tratados, estes se articulam, sem recorrer a um algoritmo preestabelecido para obter resultados  exatos ou aproximados.
Os procedimentos de cálculo mental se apoiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações, e colocam em ação diferentes tipos de escrita numéricas, assim como diferentes relações entre os números.
Para muitas pessoas o cálculo mental está associado a rapidez. Na perspectiva que adotamos, a rapidez possa ser uma característica nem um valor, ainda que possa ser uma ferramenta em situações didáticas nas quais, por exemplo, permita aos alunos distinguir os cálculos que dispõem os resultados na memória dos que não dispõem. Isso não significa descartar os cálculos escritos e exatos nos quais são utilizados algoritmos.



Em particular o cálculo mental, tem sido pouco teorizado, e fica muito a ser pesquisado quanto ao seu papel na construção do conhecimento matemático. A autora enfatiza a necessidade de ensinar o cálculo matemático na escola primária em função de:
As aprendizagens no terreno do cálculo mental influem na capacidade de resolver problemas;
O cálculo mental aumenta o conhecimento no campo numérico;
O trabalho de cálculo mental habilita para uma maneira de construção do conhecimento que, a nosso entender, favorece uma melhor relação do aluno com a matemática;
O trabalho de cálculo pensado deve ser acompanhado de um aumento progressivo do cálculo automático.

Em primeiro lugar é importante que as pessoas desenvolvam suas próprias técnicas de cálculo mental e não fiquem limitadas a um único processo. Além disso, o cálculo mental estimula a compreensão do sistema decimal. Por exemplo: que decompõe mentalmente o numero 123 em 100+20+3, mostra que compreende o princípio aditivo e o valor posicional nosso sistema de numeração